Após uma intensa campanha nas redes sociais, a Proposta de Emenda à Constituição obteve a assinatura de 194 parlamentares e tramitará na Câmara dos Deputados.
A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) declara seu apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Érika Hilton (PSOL/SP), que visa pôr fim à escala semanal de trabalho 6x1 e estabelecer uma jornada de 36 horas semanais.
Após uma intensa campanha nas redes sociais, com o apoio de diversas frentes políticas, a PEC obteve a assinatura de 194 parlamentares nesta quarta-feira (13) e tramitará na Câmara dos Deputados.
O movimento ganhou força nas redes sociais através do Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), criado inicialmente no TikTok por Rick Azevedo, ex-balconista de farmácia e, atualmente, vereador recém-eleito pelo PSOL no Rio de Janeiro.
O VAT também lançou uma petição pública para pressionar os parlamentares a atuar pelo fim da escala 6x1, que já ultrapassou a marca de 2 milhões e 700 mil assinaturas.
A redução da jornada de trabalho é uma luta antiga e histórica do movimento sindical brasileiro. Essa foi uma das principais reivindicações durante a Greve Geral de 1917 e também um dos pilares que sustentaram o movimento que fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Vale lembrar que, durante a Constituinte de 1988, parlamentares do PT, incluindo Lula, propuseram uma jornada de 40 horas semanais. Embora essa proposta não tenha sido aprovada na época, houve uma redução da jornada máxima de 48 para 44 horas semanais, sem redução salarial, além de vários outros avanços.
"No cenário atual, a redução da jornada de trabalho é ainda mais relevante, considerando a precarização das condições de trabalho e o impacto negativo na saúde mental dos trabalhadores. A proposta da PEC, que defende uma jornada semanal de 36 horas sem redução salarial, representa um avanço importante para promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras. É importante a aprovação no Congresso Nacional", destaca Paulo João Estausia, o Paulinho do Transporte, presidente da CNTTL.
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